sexta-feira, novembro 01, 2024

Atenção Sustentada Cíclica em A jovem com brinco de pérola de Vermeer

A jovem com brinco de pérola: este quadro nos hipnotiza, os cientistas agora sabem como;

    Um mistério de vários séculos envolve o quadro de Vermeer, A jovem com brinco de pérola. Um novo olhar científico pode revelar o que o torna tão cativante.

    Os neurocientistas mediram a reação do cérebro diante desta obra icônica. A descoberta? Um ciclo neurológico de atenção que mantém o espectador absorto.

Johannes Vermeer (1632-1675) pintor holandês Barroco do século XVII A jovem com brinco de pérola Pixabay/CC0 Public Domain

    Quando observamos a jovem com brinco de pérola, nosso olhar segue um percurso específico: o olho, a boca, depois a pérola, e assim sucessivamente. Este ciclo visual, chamado de "ciclo de atenção sustentada", força a contemplar a obra por mais tempo que outros quadros.

    Os testes neurológicos também revelaram uma forte estimulação do precuneus, uma região do cérebro ligada à consciência e à identidade pessoal. Este fenômeno explicaria a fascinação universal por esta obra.

domingo, setembro 29, 2024

O que são os esferoides, esses misteriosos objetos pré-históricos?

    Preservados ao longo do tempo, os objetos de pedra representam preciosos indícios para compreender o comportamento de nossos antepassados pré-históricos. Em particular, os objetos agrupados sob os termos de poliedros, esferoides e bolas (PSB) são artefatos de pedra talhada enigmáticos, sendo que a questão de sua função ainda permanece em aberto para os pré-historiadores nos dias de hoje.

Para entender o uso desses objetos, arqueólogos recriaram esferoides, aqui em quartzo, de forma experimental. Julia Cabanès/Museu Nacional de História Natural, Fornecido pela autora.

    Produzidos durante os últimos dois milhões de anos em todo o Velho Mundo, esses objetos são muito frequentes em sítios da África e da Ásia, mas curiosamente, são muito mais raros na Europa.

    Na literatura, sua definição depende sobretudo de sua proximidade à esfera: são objetos talhados em pelo menos três faces, de morfologia angular para os poliedros, esférica facetada para os esferoides e perfeitamente esférica para as bolas. Suas dimensões e pesos também são muito variáveis, indo de alguns gramas a vários quilos.


    Apesar de sua frequência nos sítios arqueológicos, esses objetos são muito pouco estudados e continuam mal compreendidos. Qual seria seu papel no cotidiano dos hominídeos fósseis? Além disso, a produção desses objetos é um processo complexo: por que os hominídeos não usavam simples seixos esféricos, em vez de transformá-los em esferoides? Nosso estudo recente de 513 dessas pedras talhadas, provenientes de nove sítios paleolíticos da França e do Norte da África, trouxe novos elementos para responder a essas perguntas.

Poliedro (A), esferoide (B) e bola (C). Julia Cabanès/MNHN, Fornecido pela autora

Um debate de longa data

    Primeiro, vamos rever os estudos e teorias existentes. Foi em 1847 que Boucher de Perthes descreveu pela primeira vez esses tipos de objetos, chamando-os de "machados celtas" quando descobriu essas bolas de pedra no norte da França. Na literatura científica, duas hipóteses principais sugerem que esses objetos são ou ferramentas fabricadas para realizar uma tarefa específica, ou, ao contrário, núcleos em fase final, ou seja, resíduos da talha dos quais foram extraídos tantos lascas quanto possível, sendo as lascas o produto final desejado.

segunda-feira, setembro 09, 2024

A escultura de sangue, a árvore 'sexual' e outras 8 obras que chocaram o público e ajudaram a redefinir a arte

'Ilhas Cercadas'
'Ilhas Cercadas', instalação de Christo e Jeanne-Claude, causou protestos de ambientalistas em 1983
ge da foto,
  • Autho    A decisão de cancelar a exibição de determinadas obras artísticas por causa da reação de partes do público não é fácil para um museu ou centro cultural - e costuma causar temores e debates sobre os limites da censu    No entanto, apesar de controversas, ações como essas - que estiveram nas manchetes recentemente - não são novidade. Várias obras na história moderna instigaram polêmicas semelhantes e algumas delas, apesar de causar muita indignação na sua época, mudaram a maneira como pensamos sobre art   No Brasil, o episódio mais conhecido dos últimos tempos foi o veto à exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. A mostra, que reunia trabalhos de 85 artistas e tinha como mote a diversidade e as questões LGBT, foi cancelada após críticas diferentes setores da sociedade.

    O Museu Guggenheim, de Nova York, enfrentou pressão semelhante - de ativistas de direitos dos animais - e cancelou a instalação de dois vídeos considerados muito violentos (um com porcos tatuados copulando, e o outro de pitbulls se encarando e rosnando), bem como a exibição de um grande armário de madeira e tecido intitulado Theatre of the World (Teatro do Mundo, em tradução livre), dentro do qual lagartixas, gafanhotos, grilos e baratas, todos famintos, protagonizam um exercício real de sobrevivência do mais forte.

  • As obras proibidas são de artistas chineses contemporâneos e originalmente foram selecionadas para aparecer como parte da exposição Art and China After 1989, que abriu em outubro de 2017.

Exibição do Theatre of the World
Obras de artistas chineses, como Theater of the World, foram proibidas em exposição em outubro

    Também em outubro daquele ano, o Louvre anunciou que estava desistindo do plano de exibir uma escultura sexualmente explícita do artista e designer holandês Joep Van Lieshout. Uma estrutura de doze metros de altura, que parece retratar um homem fazendo sexo com uma criatura de quatro pernas, Domestikator deveria ser exibido no Jardin des Tuileries, em Paris, ao lado do Louvre, como parte da Feira Internacional de Arte Contemporânea, realizada todos os anos. O Centro Pompidou concordou posteriormente em mostrar o trabalho.
    Com a censura inicial de seu Domestikator, van Lieshout (que insiste que sua escultura não tem uma temática fundamentalmente sexual, mas faz um comentário sobre a interferência do homem na natureza) chamou de hipócrita a decisão do Louvre. "No Louvre", ele ressalta, "há pinturas e esculturas com mulheres nuas, estupro e bestialidade que são muito mais explícitas do que minha obra".

La Grande Odalisque, de Jean-Auguste-Dominique Ingres

Crédito,Wikipedia

Legenda da foto,Quadro 'La Grand Odaslique', de Ingres, causou revolta quando foi exibido pela primeira vez, em 1814

Arqueólogos descobrem tradição mais antiga ainda viva

 

Ritual Aborígene

    Há cerca de 65 mil anos, os primeiros humanos chegaram à Austrália. Desde então, os aborígenes do país formam algumas das etnias mais ancestrais da humanidade, isoladas por milhares de anos de outros povos até a chegada dos europeus no século 17.

    Mas o quanto os costumes e as tradições desses povos mudaram ao longo do tempo? Quão parecidas são essas culturas com as de seus ancestrais? Como os indígenas australianos não deixaram registros escritos, é difícil saber.

    Um novo estudo, porém, encontrou provas de que uma tradição moderna entre uma etnia aborígene já era praticada há cerca de 12 mil anos, no fim da última era glacial, fazendo da cultura GunaiKurnai a mais antiga ainda viva – transmitida de pais para filhos ao longo de 500 gerações.

Aborígene tocando flauta: instrumento pode ser o mais antigo do mundo

quinta-feira, setembro 05, 2024

Como caçadores da Era do Gelo matavam os mamutes

    Os antigos caçadores da Era do Gelo provavelmente não arremessavam lanças nos mamutes, nem enfrentavam esses bichos e os espetavam cara a cara, como vemos em muitos filmes. Segundo arqueólogos da UC Berkeley, nos EUA, os humanos podem ter apoiado a ponta de suas "lanças de Clovis” contra o chão e inclinado a arma para cima, de forma a empalar animais em ataque.

    Feitas de sílex ou obsidiana, as pontas desses instrumentos eram de pedra lascada, e tinham uma base entalhada de encaixe em hastes de madeira, para serem usadas como arma de caça. Encontrados em um sítio arqueológico próximo à cidade americana de Clovis, os artefatos podem ter surgido há cerca de 13 mil anos.

O uso das pontas de Clovis foi estudado nesta pesquisa

    Segundo o estudo, a estratégia consistia em empurrar essas lanças fincadas, mais profundamente no corpo dos predadores, desferindo um golpe muito mais contundente do que qualquer caçador conseguiria fazer. Algumas dessas pontas de Clovis foram desenterradas dentro de esqueletos de mamute preservados.

    Para testar suas hipóteses, os autores se basearam em várias fontes escritas e obras de arte. Além disso, realizaram o primeiro estudo experimental de armas de pedra, focando especificamente em técnicas de caça com "pikes", as lanças longas comumente usadas por caçadores pré-históricos.

Caça ao urso com lança reforçada no norte da Eurásia

    Dessa forma, a equipe construiu uma plataforma de testes, medindo a força que um sistema de lanças é capaz de suportar frente a um ataque simulado de animal, antes que sua ponta quebrasse ou o eixo expandisse. A versão rústica de um ataque de mamute, usando uma réplica de lança Clovis reforçada, possibilitou avaliar como diferentes lanças atingiam seus pontos de ruptura. 

    A conclusão foi que a tecnologia desse sistema de caça se baseava nas pontas de Clovis, que eram especialmente projetadas para maximizar os danos após penetrar na carne do animal, assim como uma bala de ponta oca moderna. Esse entendimento sofisticado de design de armas "poderia infligir ferimentos sérios a mastodontes, bisões e tigres dentes-de-sabre", diz um comunicado de imprensa.

Mais de 60 esqueletos de mamutes encontrados em uma construção de aeroporto no México

    O primeiro autor do estudo, Scott Byram, pesquisador da Instalação de Pesquisa Arqueológica de Berkeley, afirma no comunicado que, desde o seu tempo de pós-graduação, vem refletindo sobre essa tecnologia indígena. Ele tentava entender, principalmente, qual seria o propósito de se investir tanto tempo no processo de entalhe de uma pedra de Clovis.

    Agora ele percebeu que esse tipo de pedra não era como as demais pontas de flechas entalhadas, pois ela tinha um propósito diferente. "Era uma arma mais substancial. E provavelmente também usada defensivamente", reconhece.

De Jorge Marin para MegaCurioso em setembro 2024


segunda-feira, julho 22, 2024

Mona Lisa: a cadeira escondida que transforma o significado da obra de Leonardo


Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo da Vinci, foi um polímata nascido na atual Itália, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico

Algumas coisas são tão óbvias que acabam passando despercebidas.

    E isso pode acontecer até em uma imagem onipresente como a Mona Lisa.

    O retrato emblemático de Leonardo Da Vinci, feito em 1503, estrelado por Lisa del Giocondo, uma mulher de 24 anos, mãe de cinco filhos e esposa de um rico comerciante de seda florentino, é a obra de arte mais famosa do mundo.

    No entanto, quantos de nós já notamos conscientemente o objeto na pintura que aparece mais perto do observador do que qualquer outro: a cadeira em que a mulher misteriosa está sentada?

Geóloga alega ter desvendado mistério sobre local onde Mona Lisa foi pintada

 

Mona Lisa, a obra-prima de Leonardo da Vinci

    Ela é uma das pinturas mais famosas do mundo, mas ainda está envolta em mistério.

    A Mona Lisa de Leonardo da Vinci é mais conhecida por seu sorriso enigmático, mas mais de 500 anos depois de sua criação, ainda há dúvidas sobre muitos elementos do retrato.

    Agora, a geóloga e historiadora da arte renascentista Ann Pizzorusso acredita ter resolvido um desses mistérios – o local onde o retrato, do século XVI, foi pintado.

domingo, julho 21, 2024

Artistas medievais usavam nanotecnologia

    A nanotecnologia é tipicamente vista como algo que os seres humanos só agora estão começando a fazer uso, e seria considerada uma tecnologia do futuro. No entanto, uma equipe de pesquisadores descobriu que artesãos medievais fizeram uso de alguma forma de nanotecnologia para criar material dourado e ultrafino. Mas eles ainda não sabem exatamente como fizeram isso.

    Zwischgold remonta pelo menos ao século XIII, quando começou a ser usado como material de douramento na arte da Alemanha e Suíça. É uma folha de metal feita de uma fina camada de ouro sobre um suporte de prata, e poderia ser adicionada a esculturas ou pinturas, onde criaria um tom mais pálido do que se usasse ouro puro. Zwischgold pode ser encontrado aplicado em pequenas seções para esculturas, altares, pinturas de parede e iluminuras de livros.

quarta-feira, julho 10, 2024

Pintura rupestre de 51 mil anos encontrada em uma caverna na Indonésia

    Na pedra, há um grande porco vermelho cercado por três pessoas. A preservação não está das melhores, porque a pintura está nessa pedra há pelo menos51 milênios. 

    A pintura foi encontrada em 2017 em uma caverna na Indonésia, mas só foi datada recentemente com um método inovador de laser. O resultado deu à gravura o pódio de obra de arte mais antiga que temos conhecimento, 51.200 anos. 

Talvez tenhamos que espremer os olhos para enxergar o que está retratado nesses borrões e riscos vermelhos na imagem acima.

sexta-feira, julho 05, 2024

Datação por Radiocarbono

Como funciona a datação por carbono-14 para determinar a idade de fósseis?

    A datação por carbono-14, conhecida como datação por radiocarbono, é uma das técnicas mais essenciais para desvendar o passado. Desenvolvida por Willard Frank Libby na década de 1940, essa inovação científica revolucionou a cronologia histórica. O centro dessa técnica reside no isótopo radioativo carbono-14, cuja presença é fundamental para a precisão das estimativas de idade.

    Na década de 1940, Willard Frank Libby, professor de química e ex-pesquisador do Projeto Manhattan, liderou uma equipe na Universidade de Chicago para desenvolver a técnica revolucionária de datação por carbono-14. Sua visão inovadora consistiu em contar a quantidade de carbono-14 em uma amostra para estimar sua idade.

Professor Willard Frank Libby.

    A experiência diversificada de Libby, combinando conhecimentos em química e nucleares adquiridos durante seu envolvimento no Projeto Manhattan, permitiu a ele elevar a datação por carbono-14 a novos patamares, estabelecendo as bases para uma revolução na compreensão da cronologia histórica.

    Conduzindo experimentos ao longo dos anos, Libby e sua equipe demonstraram que a quantidade de carbono-14 em uma amostra diminui com o tempo, proporcionando uma base sólida para estimar a idade de materiais orgânicos.

terça-feira, junho 18, 2024

Gravações rupestres gigantescas na América do Sul

 O enigmático significado das gravações gigantescas em pedras que intrigam arqueólogos

Um grupo de pesquisadores da Colômbia e do Reino Unido documentou a maior arte rupestre do mundo em uma área próxima ao rio Orinoco, entre a Colômbia e a Venezuela

Os desenhos gigantes feitos na rocha, “entre os mais enigmáticos do mundo” segundo a equipe arqueológica, mostram grandes cobras – jiboias e sucuris – com até 40 metros de comprimento e outros animais ou figuras geométricas.

Águas barrentas do Rio Orinoco

“Eles são muito maiores que um humano adulto em várias dimensões e estão distribuídos ao longo do rio Orinoco, num ponto que no passado foi uma área de intenso contato e interação entre diferentes grupos étnicos e linguísticos”, explicou à BBC Mundo Philip Riris, professor de modelagem arqueológica e paleoambiental na Universidade de Bournemouth, Reino Unido.

sexta-feira, junho 14, 2024

Visitar uma sala secreta decorada por Michelangelo em 1530

A sala secreta

"Uma sala secreta, localizada nas Capelas dos Medicis, conserva obras de arte perdidas do grande artista do Renascimento, Michelangelo Buonarroti."


    Desenhos do artista estão em local abaixo das Capelas Médici, em Florença, e foram descobertas sob camadas de gesso em 1975 por um restaurador
    Michelangelo Buonarroti é conhecido por obras como a estátua de David, os afrescos do chão ao teto da Capela Sistina e a cúpula de São Pedro, que domina o horizonte de Roma.


Michelangelo era um gênio estimulado por uma criatividade sem limites. O que ele poderia fazer isolado numa pequena sala escondida debaixo de um alçapão? A reposta é muito fácil: desenhar!


    Mas é a obra menos bombástica de Michelangelo que é exposta ao público pela primeira vez na “sala secreta” do artista em Florença.

sábado, junho 08, 2024

Todos (quase) mistérios sobre roubos famosos de obras da arte

    Nas últimas décadas, quadros de Van Gogh, Rembrandt, Caravaggio e Pablo Picasso desapareceram de museus na Europa. Paradeiro de muitos destes tesouro é desconhecido até hoje.Das Flores de Papoula de Vincent Van Gogh à obra-prima de Rembrandt Tempestade no Mar da Galileia, passando por quadros roubados pelos nazistas, como os de Gustav Klimt: a ausência aumenta ainda mais o interesse por tesouros artísticos perdidos há muito tempo.

Gustav Klimt | DÁMA V ZAHRADĚ

    Em 1969, ladrões roubaram o quadro Natividade com São Francisco e São Lourenço, do pintor italiano Caravaggio, que estava pendurado em uma igreja em Parlemo, na ilha da Sicília, região sul da Itália. A pintura em estilo barroco foi finalizada pelo artista em 1609 e seu paradeiro continua um mistério. Representando o nascimento de Jesus, a obra de quase 3 metros de altura foi retirada de sua moldura na igreja por dois ladrões. Supostamente teria ido parar nas mãos da máfia siciliana.

Natividade com São Francisco e São Lourenço Caravaggio 1600

    Depois que o crime foi investigado pelo FBI, dos EUA, pela Interpol e pela polícia italiana, se acredita que a obra, avaliada em 20 milhões de dólares (R$ 105,6 milhões), ainda esteja na Sicília. Vários membros da máfia teriam tentado vender o quadro de forma ilegal desde o roubo – um deles chegou a ser preso em 1981. Ele supostamente teria enterrado a pintura de Caravaggio.

domingo, junho 02, 2024

Uma pintura séc. XIX alterada para esconder um escravizado foi restaurada em algum ponto de sua trajetória

    Uma pintura do século 19 que faz parte do acervo do Museu Metropolitano de Arte de Nova York (MET) passou por uma interessante restauração que não apenas corrigiu as cores desbotadas pela ação do tempo, mas também recolocou uma figura na composição.

Bélizaire e os Filhos de Frey atribuídos a Jacques Amans (1801-1888), c. 1837. Óleo sobre tela, 47 1/4 por 36 1/4 polegadas. Coleção de Jeremy K. Simien.

     O quadro, que se chama "Bélizaire e as crianças Frey" e teria sido pintado por Jacques Guillaume Lucein Amans, mostra, em seu plano principal, os três filhos de Frederick Frey, que foi um banqueiro de New Orleans. Ao fundo, por sua vez, está Bélizaire, um menino negro de 15 anos que foi escravo da família rica. Ele teria sido encarregado de tomar conta do trio

sexta-feira, maio 24, 2024

As obras de arte mais famosas e importantes do mundo

        Então, olha só, as relações da arte não são muito lógicas, como deve ser a arte, ilógica, As pessoas ficam debatendo sobre a representatividade das obras de arte, pintura escultura, cinema, arquitetura, mas isso é bem subjetivo, depende de fatores socioculturais e a condição psíquica do artista. Cada um tem seu história, suas vivências, e isso influencia muito o resultado da linguagem que o artista escolhe para se comunicar e expressar. Mas aí, quando a dinheiro entra em jogo, as coisas mudam de figura. Não importa se é pintura, escultura ou o que for, quem manda é o mercado do agora esqueça o passado: o valor monetário não tá nem aí para subjetividade.

        Lá atrás, na antiguidade, a arte já era pura ostentação. Os mecenas, esses ricaços, não só bancavam os artistas, mas também faziam orientações expressas de como queriam as obras, da construção de um templo até a posição da mão de um determinado personagem de uma pintura. E hoje? Pense: essas peças que vão para leilão estão girando a casa dos milhões, e as que ficam penduradas nas galerias famosas inflam cifras inimagináveis. O mercado de arte é pura capitalização, eu vendo pelo preço que eu quero ou eu compro pelo preço que eu posso pagar e haja dinheiro viu, mesmo porque no mercado da arte existe a valorização a desvalorização e a especulação financeira das obras de arte


A Escola de Atenas de Rafael Sanzio

A Fonte, Marcel Duchamp



A Ronda Noturna - Rembrandt



A Traição das Imagens, René Magritte



A criação de Adão, de Michelangelo




A dança, de Henri Matisse