OPUS ENIM

OPUS ENIM


Nudis pedibus incedens sed circa locum

Talvez na pré-história

Os primeiros artistas foram as pessoas que viviam num período chamado pré-história. Viviam em pequenos grupos e eram nômades, não tinham lugar fixo para habitar. Alimentavam-se de caça, pesca e coleta de frutos. Aprendeu a fazer o fogo, com o qual iluminava, cozinhava, se aquecia e afugentava os animais, e ao se utilizar de pedras lascadas, com as quais fazia ferramentas para caçar, guerrear e produzir entalhes nas encostas das cavernas onde as utilizava para abrigo.

Então o primeiro período da pré-história pode-se ser chamado de período da Pedra Lascada ou Paleolítico onde a caça e a coleta, o fogo e os instrumentos de pedra lascada, os utensílios de madeira e ossos, o desenvolvimento de pinturas e esculturas eram todos produzidos para gerar conforto e organizar o conhecimento. O homem pré-histórico costumava se abrigar em abrigos naturais como as cavernas e cabanas, e é nas cavernas que encontramos as primeiras manifestações pictóricas realizadas pelo homem, chamadas de arte rupestre, com pinturas de ursos, cavalos, bisões.


No período Neolítico ou Pedra Polida onde o homem experimenta uma grande movimentação entre tribos e territórios, o uso de instrumentos de pedra polida, como a enxada, o tear para criar tecidos, a confecção de artesanato a partir do barro, a cerâmica cozida, para criar potes.

Para pintar, o homem produzia suas próprias tinas misturando minerais vermelhos com carvão, sangue e gorduras de animais. Utilizava os dedos e, provavelmente, pincéis rudimentares feitos de tocos de madeira, no desenho inscrito das cavernas eles utilizavam a pedra como instrumento de confecção de suas obras. As cavernas mais conhecidas encontradas pelos arqueólogos estão nos canyons da serra da capivara, na pedra do Ingá, na foz do rio São Francisco todos no nordeste do Brasil, nas grutas de Lascaux, de Nioux, de Chauvet e de Font-de-Gaume no sul da França em Altamira na Espanha, na Argélia o platô de Agger e na Argentina a caverna de las manos, onde se observaram inscrições pré-históricas mais importantes e conhecidas.

Museu do Homem Americano

Pigmentos de pinturas rupestres pré-históricas do sítio Letreiro do Quinto, Pedro II, Piauí, Brasil

Talvez as primeiras civilizações da antiguidade:  

Egito

Toda a produção do Egito antigo, apresenta um forte sentido de unidade e eternidade.

Sua história é dividida por dinastias e tem a figura do faraó como monarca divino, com poderes sobre-humanos e ilimitados.

As manifestações artísticas que se destacaram foram relativas à religião e ao poder místico de seu líder o Faraó, construções de templos e complexos funerários com túmulos em forma de pirâmides feitas em tijolos de pedras. 

As pirâmides eram túmulos destinados aos Faraós. As   mais   importantes do Egito, estão na planície de Gizé e recebem o nome dos Faraós ali enterrados, Keops, Quefren e Miquerinos. 

Foram construídas por escravos e trabalhadores livres que vinham de todas partes da região subsaariana e demoravam muitos anos para serem terminadas, no seu interior além da múmia do faraó havia inúmeras esculturas joias e objetos de valor afora as inscrições que contavam com detalhes os hábitos das pessoas desse tempo.

Egito antigo

Egito Antigo de Arnoldo Walter Doberstein PUCRS

Grécia

É nesse período que surge o ideal de beleza, princípio motor de toda a criação artística do homem. A arte e sua produção começam a ter equilíbrio, harmonia, ordem e proporção onde o homem era considerado o modelo, o padrão da beleza.

As pessoas eram retratadas sem imperfeições e idealizadas e deste período nos ficou uma série de elementos que continuam a nos influenciar a vida, como é o caso das Olimpíadas e da busca da beleza idealizada.

A arte grega é dividida em três períodos distintos 

  1. Arcaico, onde há um predomínio de linhas geométricas rígidas na arquitetura surgem os primeiros templos, os de Apolo, Delfos e Olimpo, na escultura as peças representavam os modelos de anatomia e beleza e na pintura podia ser vista pelos nos vasos decorados que restam.
  2. Clássico, marcado pela idealização da beleza e busca da perfeição na forma, é um período da maturidade artística e cultural, o encontro da técnica e o espírito criador, Atenas era a grande capital, o centro produtor da Arte daquela civilização.
  3. Helenístico, caracterizado pelas formas com aspectos exagerados da movimentação, onde se ressalta a qualidade expressiva dos elementos. É nesse período que acontece a fase de grande transformação do estilo grego que recebe influências de Roma antiga na sua arquitetura. Embora a arte tenha destaque neste período, os seus artistas, pintores, escultores, arquitetos, não eram vistos como artistas e também sofriam preconceito por serem caracterizados com trabalhadores braçais. Neste período valorizava-se apenas as produções intelectuais, que partiam da mente, do conhecimento e da abstração criativa.

Muito importante a educação era parte principal do desenvolvimento completo do homem e outro aspecto relevante na arte grega foi o desenvolvimento do teatro com suas mitologias e deuses que a partir de cerimônias em honra a Dionísio contavam-se a história grega.
Deuses da mitologia grega.

Afrodite, Apolo, Eros, Baco, Dionísio, Zeus, Midas, Ártemis, Narciso

Afrodite era a deusa grega do amor, da beleza e da fertilidade, identificada posteriormente, com a
deusa romana Vênus. O seu culto foi importado do Oeste da Ásia, muito provavelmente da
Ilha de Chipre.

Apolo era filho de Zeus e da Titã Leto. Ela estava relacionada a medicina, música, poesia e a
profecia, além de ser o protetor dos rebanhos era também o deus da agricultura, do gado, da
luz e da verdade.

Eros era deus grego do amor, também conhecido como cupido amor em latim, era filho de Afrodite e seu companheiro constante. Apesar de sua excepcional beleza, seu culto tinha modesta importância. Com seu arco ele disparava flechas de amor nos corações dos deuses e dos humanos.

Baco foi o 13º deus do Olimpo, na Grécia ele tinha o nome de Dionísio e, quando foi adotado pelos romanos, recebeu o nome de Baco. Os antigos pretendiam com o culto a Baco que ele propiciasse uma boa colheita de uvas que daria uma boa safra de vinhos. Nas festas era servida uma grande quantidade de vinhos entre homens e mulheres e eles bebiam e ficavam bastante alegres e desinibidos. As roupas acabavam sendo aos poucos deixadas de lado juntamente com as inibições dando lugar à satisfação.

Dionísio era deus do vinho, da alegria e da vegetação, que mostrou aos mortais como cultivar as videiras e fazer vinho. Foi identificado junto aos romanos como Baco. Filho de Zeus, Dionísio é caracterizado como o deus da vegetação – especificamente das árvores frutíferas e é frequentemente representado em vasos bebendo em um chifre e com ramos de videira é também caracterizado como uma alegre divindade cujos mistérios inspiram a adoração ao êxtase e o culto às orgias.

Zeus era deus do céu e regente dos deuses do Olimpo. Zeus corresponde ao deus Júpiter romano. A imagem de Zeus era representada na escultura como a figura de um rei barbado.

Narciso faz parte integrante de uma lenda, a lenda de Narciso, surgida da superstição grega, sendo a qual ele contemplou a sua própria imagem refletida num espelho d’agua de um rio, quando se apaixonou para ver sua própria imagem ficou extasiado e ao contemplá-la atirou-se a água se afogando e transformando-se numa flor, Narcisos. No dia de seu nascimento, um adivinho proferiu que Narciso teria vida longa, desde que jamais contemplasse a sua própria imagem. Na psiquiatria particularmente na psicanálise, o termo narcisismo designa a condição mórbida do indivíduo que tem interesse exagerado pela sua própria pessoa.

Midas é outro deus grego, que obteve de Dionísio a dom de transformar em ouro tudo em que tocasse a comida se transformava em ouro, os objetos, as árvores, os animais, todo maravilhado via que tudo que tocava transformava-se em ouro. Pouco tempo depois ficou desesperado e suplicou a Dionísio que o livrasse daquela maldição. Dionísio então pediu que Midas fosse até o rio e lavasse a cabeça na nascente, assim ficaria livre da maldição.

Ártemis era deusa grega da caça, dos bosques e dos animais selvagens, associada também a magia. Provavelmente, foi uma deusa caçadora de origem pré-helênica, período clássico da história Grega que é normalmente denominado período das hegemonias, na prática foi o período em que se desenvolveu o imperialismo das duas maiores cidades gregas Atenas e Esparta. Irmã gêmea de Apolo, foi considerada a amiga e protetora das mulheres, especialmente moças mais jovens, empoderadora e crítica.

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