terça-feira, maio 21, 2024

Os bronzes de Riace


As esculturas foram, provavelmente, realizadas entre os séculos 5 e 6 a.C e colocam em evidência toda a maestria grega na manipulação do bronze

    Aconteceu uma descoberta incrível que ainda hoje continua fascinando estudiosos e turistas do mundo todo: as esculturas conhecidas como os Bronzes de Riace, protagonistas do Museo Archeologico di Reggio Calabria, no sul da Italia.

    As estruturas foram inauguradas em abril de 2022 e desde então atrai milhares de visitantes. A notícia da abertura de mais um espaço expositivo em um país repleto de arte pode parecer secundária. Mas não é. No museu tem um precioso acervo de objetos da antiga e importante cidade de Rhegion e de outras colônias gregas.

    Apesar de suas invejáveis paisagens de montanhas e mar, a Calábria sempre foi uma das regiões italianas injustamente associadas à uma reputação duvidosa. Fatores como o baixo crescimento econômico e a presença de organizações mafiosas como a Ndranghetta contribuíram com a imagem de atraso cultural da Calábria.

    Ainda hoje a região recebe poucos turistas estrangeiros, mas a Calábria não fica devendo nada para outras metas mais badaladas.

    Seu extenso litoral de águas cristalinas e seu interior cortado pelas montanhas de Sila e Aspromonte são alguns de seus atrativos naturais, mas a região também está esforçando-se para conquistar o status de importante polo cultural italiano.

    Os Bronzes de Riace ou Bronzi di Riace são duas estátuas de bronze encontradas no mar Jônico a cerca de 6 a 8 metros de profundidade, por Stefano Mariottini durante as suas férias em 16 de agosto de 1972. Atualmente podem ser vistas no Museo Nazionale della Magna Grecia, na cidade de Reggio Calabria, no extremo sul da Itália.

    São duas magníficas obras de arte, datadas por volta do século V EAC, exemplos de antiga escultura grega, pertencentes ao período transitório entre a escultura grega arcaica e o antigo estilo clássico, dadas sua geometria idealizada e anatomia impossível, apesar de seu aparente "realismo"; uma delas é atribuída a Fídias, considerado o maior escultor da Grécia Antiga.      

        Autor gregos, Fídias?, Desconhecido

        Data 460 EAC, cerca de 460 EAC

        Gênero Grécia Antiga

        Técnica bronze

        Localização Museu Nacional da Magna Grécia, Riace Itália


    A Calábria junto com a Apúlia, Sicília, Campânia e Basilicata foi parte da Magna Grécia a denominação atribuída ao sul da península itálica antigamente colonizada pelos gregos e o Museu oferece inúmeras razões para você esticar a sua viagem até...

    A raridade do acervo. O espaço reúne tesouros inestimáveis e, entre eles, as duas famosas estátuas gregas de bronze que representam guerreiros, chamadas de Bronzes di Riace. No início da década de 70 elas foram encontradas no fundo do mar nos arredores de Riace Marina e provavelmente foram realizadas por escultores atenienses para decorar o antigo templo de Delphi.

    Para admirar a maestria grega. As esculturas foram, provavelmente, realizadas entre os séculos 5 e 6 AEC e colocam em evidência toda a maestria grega na manipulação do bronze. Os detalhes de ambas as peças demonstram grande realismo e o autor de uma delas é considerado Fídias, o maior escultor da Grécia antiga.

    Para perceber na pele a fragilidade humana e basta observar a grandiosidade das estátuas (1,98 e 1,97 metros de altura), a perfeição dos corpos masculinos, seus olhos arregalados, a barba que garante autoridade ao rosto e pés bem arraigados no chão para sentir-se frágil e, ao mesmo tempo, maravilhado com a capacidade humana.

    Surpreender-se em um museu altamente tecnológico em que cada detalhe do novo Museo Archeologico di Reggio Calabria foi cuidadosamente estudado para preservar o seu precioso acervo. O edifício é resistente a eventuais terremotos, painéis de vidro facilitam a entrada da luz, aumentando a majestosidade das peças, a temperatura do local é regulada constantemente e antes de admirar os as esculturas dos Bronzi di Riaci os visitantes devem permanecer por três minutos em uma sala que elimina bactérias que poderiam prejudicar as esculturas.

Museo Archeologico di Reggio Calabria, no sul da Italia

    Contemplar uma linda vista para o mar. Quem visita o museu não pode perder a chance de conhecer o roof garden projetado pelos mesmos arquitetos que desenharam o Palazzo delle Esposizioni em Roma com uma incrível vista para o mar.



Nenhum comentário: