sábado, dezembro 14, 2019

O Buraco da pinrole


O Buraco da agulha


A questão da tecnologia na sala de aula são um tema que veem sendo discutido já há vários anos, e não é nada novo, desde que os computadores começaram a chegar nas escolas lá pelos meados do anos noventa, quando nós professores éramos capacitados através das OT’s, orientações técnicas da Secretaria do Estado de São Paulo, faz-se refletir que as tecnologias em sala de aula não são coisas tão novas, e que só agora uma parte das escolas resolveram se modernizar, dando a impressão de que essas tecnologias são novidade. É de se dizer que hoje elas estão além de inovadoras são necessárias para se refletir numa sociedade cada vez mais tecnológica.

Nas salas de aula não se usam só tecnologias representadas pelo computador, tablet ou laptop usa-se o Datashow, TV, lousa digital, Pendrive, Celular e assim vai-se envolvendo mídias que vão sendo usadas e adaptadas para que os alunos observarem e interagirem no desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. 
Uma das propostas mais interessante que eu já fiz algumas vezes, com os alunos do ensino médio e dos últimos anos do ensino fundamental foi a de criar uma Jornada Imagética num determinado espaço. 

A Jornada Imagética nome da atividade é dividida em três fases distintas. Essa jornada consistia em fazer uma excursão pelo bairro para fotografar com celulares, em volta da escola ou onde quiser, o certo mesmo seria no centro velho de São Paulo. Ai começa-se com uma apresentação de Datashow feita em powerpoint ou similar, online ou não, sobre o fotógrafo Militão Augusto de Azevedo que é considerado um dos mais importantes fotógrafos brasileiros do século XIX, e que vindo do Rio para São Paulo a trabalho acabou por retratar a cidade de São Paulo, e definir um modelo de fotografia paisagística urbana em que se prezava a comparação de épocas distintas. 

A segunda fase é a de confeccionar numa caixa de sapato com duas aberturas uma defronte para a outra, dispostas de forma longitudinal. Numa um corte retangular recoberto por papel alumínio e com um furo de agulha de costura, do lado oposto uma janela quadrada recoberta por papel vegetal translúcido com um desenho de uma malha de retângulos feita a lápis e onde se usa uma camisa preta ou escura para cobrir a cabeça do observador. Eis aí um visor de Pinhole, parecido com a própria máquina fotográfica daquele tempo. 

Nessa fase agora, as crianças e adolescentes escolhem lugares emblemáticos do espaço em que estão no momento da atividade, geralmente a escola, e de posse da caixa de Pinhole e um lugar para apoiar o dispositivo, ajustam a máquina de papelão até obter a imagem desejada no ângulo certo, cobrindo a cabeça com a camisa e o celular a postos, na frente do visor da caixa, fotografar quando satisfeito a imagem refletida no papel vegetal. 

A imagem capturada no celular, é feito o download para o PC e assim tratada no Photoshop, GIMP, Paint ou similar, procedimentos como inverter e ajustar brilho e contraste devem ser a primeira cosia a ser feita. Agora é imprimir e justificar as imagens capturadas. Se possível comparar com imagens antigas será muito proveitoso.

Nesse processo inverso para se chegar ao mesmo produto, pode-se ser usada uma foto antiga pré-definida como modelo, e usar a caixa de Pinhole para capturar a mesma imagem no mesmo lugar e do mesmo ângulo, mais ou menos na mesma hora do dia na mesma insolação. 

Grava-se numa folha de papel fotográfico instalada dentro da caixa de Pinhole, posteriormente se tira a folha em um quarto escuro e se processa com os químicos pertinentes ao trato fotográfico, que são para revelar, o revelador que é o óxido redução, a parte exposta no papel, depois o ácido acético glacial para interromper a revelação ai usa-se o fixador tiossulfato de sódio para fixar a imagem no papel faz-se uma boa lavagem. 

Despois de bem seco o papel é scaneado e passa para o processo de tratamento de imagem digital no Photoshop, GIMP, Paint ou similar, procedimentos como inverter e ajustar brilho e contraste devem ser feitos, imprimir e enquadrar as obras de arte. 

Apresentar os trabalhos dos alunos com relatórios de procedimentos e objetos usados para a produção. 

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